O Japan House São Paulo inaugurado em maio de 2017 na Avenida Paulista já provou ser mais do que apenas um centro cultural, mas uma ponte de intercâmbio entre o Japão contemporâneo através da cultura, educação, tecnologia e até mesmo negócios, o projeto é uma iniciativa internacional do Governo Japonês para mostrar uma visão do Japão moderno para o mundo.
A cidade de São Paulo foi a primeira a receber o projeto do Japan House São Paulo que conta com unidades também em Londres e Los Angeles, São Paulo ser umas das cidades escolhidas não é por menos, já que a cidade possui a maior população de origem japonesa fora do Japão e têm uma forte relação com a cultura japonesa, prova disso é o bairro da Liberdade, mas além da tradição o Japan House busca a essência da modernidade com um olhar no presente e futuro.
Pra você conhecer mais sobre o Japan House São Paulo e ao mesmo tempo se convencer em fazer uma visita, separei 10 motivos para visitar o Japan House São Paulo, arrisco disser que até existe mais razões, contudo os dez motivos já serão suficiente pra você se inspirar e querer conhecer ou até revisitar o Japan House.
1 – Arquitetura
O prédio do Japan House São Paulo se destaca de qualquer outro na Avenida Paulista, a sua fachada de 36 metros de largura e 11 metros de altura composta de 630 peças de madeira hinoki (pinheiro típico do Japão), que foi encaixada por cinco artesões vindo diretamente do Japão, deixa no mínimo quem passa em frente curioso e atraído por essa floresta no meio da paulicéia, mas sua arquitetura não é apenas singular, ela representa a essência de intercâmbio do Japan House.
O projeto do Japan House São Paulo foi desenvolvido pelo arquiteto japonês Kengo Kuma em parceria com o escritório paulistano FGMF, criando essa troca intelectual entre os dois países, o prédio que antes abrigava uma agência bancária foi todo convertido para abrigar traços japoneses e brasileiros.
A fachada de madeira hinoki trazida do vale do Kiso, mescla com os cobogós, elemento vazado feito com tijolo e cimento que surgiu no nordeste na década de 20, que no Japan House ganha versão de concreto em fibra. Os ambientes externos foram pensando para serem de uso múltiplo, com divisórias retráteis e portas de correr que sugerem uma névoa, a decoração é minimalista mas reparem na massa de papel artesanal washi (feita de fibra da planta Kouzo dissolvida em água) que cobre os forros e divisórias.
A tecnologia também marca presença, destaque para o banheiro com a privada tecnológica da marca japonesa Toto, autolimpantes, com assento aquecido que conta ainda com jatos de limpeza, que podem ser controlados por botões, nem que seja pela curiosidade vale uma conferida. No total o Japan House São Paulo possui 2.500 m² dividido em três andares, que conta com um terraço no terceiro andar e ainda um pátio externo (soto-doma) e um jardim relaxante no térreo.
2 – Exposições
Com exposições temporárias com duração em torno de dois meses o Japan House São Paulo têm a proposta de exibir várias exposições durante o ano, com áreas expositivas no térreo e no terceiro andar, as exposições buscam através de diversos temas como cultura, arte e inovações mostrar um Japão moderno combinado com suas tradições.
O Japan House inaugurou com a exposição Bambu – Histórias de um Japão, seguida da exposição do arquiteto responsável pelo Japan House, Kengo Kuma – Eterno Efêmero, outras exposições que estiveram em cartaz foram a Subtle – Sutilezas em Papel, a Satoyama/Yoshihiro Narisawa e Sergio Coimbra de fotografia gastronômica, a original Espuma de Kohei Nawa e a Sou Fujimoto: Futuros do Futuro, a próxima exposição em cartaz será a Prototyping in Tokyo – Shunji Yamanaka.
As exposições do Japan House São Paulo não são longas é sempre interessante acompanhar qual é a nova exposição em cartaz, acesse o site e veja a programação.
3 – Seminários e Workshops
O Japan House São Paulo possui no primeiro andar três salas equipadas para receber seminários e workshops, que devido as suas divisórias de correr criam ambientes diferentes de acordo a atividade relacionada, os temas são recorrentes as exposições em cartaz, alguns com os próprios artistas em exposição, além de técnicas artesanais japonesas, negócios, moda, gastronomia, fotografia, tecnologia e muito mais.
A programação de seminários e workshops é gratuita, sendo apenas necessário retirar a senha 01h00 antes do evento na recepção, para conferir os próximos eventos que estarão acontecendo no Japan House São Paulo clique aqui e se programe para participar.
4 – Restaurante
Jun Sakamoto é um ícone da culinária japonesa no Brasil, o prestigiado e exclusivo restaurante do chef nipo-brasileiro que leva seu nome conta com um menu degustação requintado, que promete uma experiência gastronômica única pra quem investe no valor cobrado, mas pra quem procura valores mais acessíveis seu restaurante Junji Sakamoto é uma ótima alternativa, o Japan House recebeu a segunda unidade do Junji Sakamoto em São Paulo, com a proposta de explorar os sabores da gastronomia japonesa contemporânea.
O Junji Sakamoto fica no terceiro andar do Japan House São Paulo, com capacidade para 70 pessoas, ocupa um salão que se abre para o terraço, o cardápio se destaca pelos teishokus, que são refeições completas servidas na bandeja, onde o prato principal é servido com gohan, missoshiro e dois acompanhamentos sazonais.
O grande carro chefe do chef Jun Sakamoto são os pratos crus, e no Junji Sakamoto do Japan House podem ser pedidos em sushis e sashimis à la carte ou em combinados e no teishokus, o Shashimi Junji que foi uns dos pratos que provei é possível escolher 4 tipos de peixes com 3 fatias cada, as opções são atum, salmão, olho-de-boi, beijupirá, robalo, linguado, serra, cara de pau e saint peter, confesso que foi uns dos melhores shashimis que provei, destaque para o olho-de-boi e beijupirá.
O Junji Sakamoto encerrou suas atividades
5 – Biblioteca
A biblioteca localizada no térreo do Japan House conta com uma seleção de aproximadamente 2.000 livros de diversos temas, como arquitetura, arte, gastronomia, design, turismo e outros assuntos selecionados para ampliar o interesse sobre o Japão. As obras estão disponível em português, inglês e japonês, sendo um ótimo lugar pra encontrar material exclusivo sobre o Japão.
6 – Lojas
Se você está atrás de compras de itens japoneses, saiba que o Japan House possui duas lojas, a SHIN que fica no térreo com produtos de design, utensílios, alimentos, bebidas, decoração e artesanato, ela oferece produtos exclusivos das cinco regiões do japão e de grandes designs japoneses.
No segundo andar fica a loja Furoshiki, dedicada ao furoshiki que é uma técnica tradicional de embrulho japonês, utilizada para embalar presentes, carregar objetos e até criar lindas bolsas em tecido, você pode até mesmo observar a técnica sendo realizada pelos profissionais da Furoshiki.
7 – Cafeteria
No térreo do Japan House se encontra a cafeteria IMI Café, que leva no nome uma homenagem aos imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil para trabalhar na cafeicultura, sendo o café o produto que mais representa a ponte entre Brasil e Japão, não podia falta uma cafeteria no Japan House, além da variedades de expressos, outras bebidas servidas no IMi Café são o iced coffee, o drip coffee e chás quentes e frios do tipo matcha e sencha.
No cardápio não deixe de experimentar as sobremesas características da confeitaria japonesa, que valorizam ingredientes frescos e a moderação do açúcar, o Matcha Special Cake é a minha sobremesa preferida do IMI Café, seguida do Chocolate Roll Cake e do Ichigo Shori Cake (bolo chiffon com chantilly fresco e morangos), outras opções são o Matcha Chiffon Cake, o Bolo de 3 Mousses de Chocolate e o clássico Choux Cream.
Entre as opções salgadas destaque para o Karê Pan (bolinho com curry, recheado de carne desfiada, batata e cenoura) e como não podia deixar de faltar o clássico pão de queijo e outros quitudes brasileiros como pão de milho marcam presença. Passar no IMI Café ao visitar o Japan House é uma combinação perfeita para a experiência ser completa.
8 – Mural do Eduardo Kobra
Uns dos painéis mais prestigiado do artista Eduardo Kobra está localizado atrás do Japan House no Edifício Ragi, o mural presta homenagem ao arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, possui 52 metros de altura e 16 metros de largura, se destaca com as formas geométricas e coloridas que fazem referências a várias obras do arquiteto como o Copan, a Pampulha, o Museu Oscar Niemeyer e o Palácio do Planalto.
O Japan House São Paulo proporciona uma vista privilegiada do mural do Oscar Niemeyer mas também o torna um elemento que compõem a paisagem do edifício, um exemplo é a combinação da estrutura de hinoki com a arte do graffiti do Kobra, uma visão que confirma a proposta do Japan House em compor e fazer parte integramente da cidade, além de ser uma ótima combinação fotográfica.
9 – Localização
A localização do Japan House São Paulo no início da avenida mais famosa da cidade contribui para levar o Japão moderno além das ruas da Liberdade, mas também o torna facilmente acessível tanto para população como aos turistas que incluem a Avenida Paulista como parte do seu roteiro na capital paulista.
O Japan House ainda é acessado facilmente pelo transporte público, ficando alguns passos do metrô Brigadeiro da linha verde e passagem de diversas linhas de ônibus, além disso fica próximo de outros centros culturais que podem ser incluídos no roteiro, entre eles está a Casa das Rosas, o Itaú Cultural e o Sesc Paulista.
10 – Gratuito
Um grande motivo para visitar o Japan House São Paulo é que sua entrada é gratuita em todos os seus dias de funcionamento e além do ingresso sem custo, suas atividades como seminários e workshops também são gratuitas, sendo necessário apenas a retirada de senha, já que possuem número determinado de participantes.
Japan House São Paulo
Localização: Avenida Paulista 452 – São Paulo (próximo ao metrô Brigadeiro da Linha Verde)
Funcionamento: De terça a sábado das 10h00 às 22h00 e domingo das 10 h às 18h00 / Restaurante Junji Sakamoto de terça a sexta do 12h00 às 15h00 e das 18h00 às 22h00, sábados do 12h00 às 22h e domingos e feriados do 12h00 às 18h00.
Site: http://www.japanhouse.jp/saopaulo
A visita guiada a exposição Sou Fujimoto: Futuros do Futuro e apresentação do Japan House fez parte da programação do primeiro Japão.br que foi organizado pela Patrícia Takehana do Bagagem de Memórias, evento que têm a proposta de divulgar a cultura japonesa e a cultura nipo-brasileira, todas as opiniões relatadas, retrata nossa real impressão, seguindo nossas políticas.
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Eu costumo passar sempre pelo JH qdo vou à SP. Adoro!
Agradeceria se vcs atualizassem sempre o blog . Junji Sakamoto já não está lá. A última vez que fuı provei o “obentô” da Telma Shiraishi que também me agradou muito. E a sobremesa linda e deliciosa de morango com ankô, então?! Parabéns JH!
Olá Maria obrigada pela informação, já atualizamos que o Junji Sakamoto encerrou suas atividades. Ainda não provamos a nova proposta gastronômica mas iremos conferir.
Ual, que lugar incrível. E, realmente, achei super interessante ter um lugar deste justo na Paulista. A idéia inteligente de unir culinária, cultura, compras e leitura foi muito bem acertada. Quando voltar pra minha terrinha vou com certeza visitar esse lugar (L)
Victoria conheça sim, é uma variedade de experiência que o Japan House proporciona, um passeio imperdível em São Paulo.
Ótima dica de Sampa. Também adorei conhecer a Japan House. Só sua arquitetura já vale o passeio. Todo o lugar tem um clima tão agradável que é impossível não gostar do passeio. Excelente post.
O Japan House é surpreendente não é Lulu? O difícil dessa lista foi escolher apenas 10 motivos, pois a gente ainda teria mais pra incluir.
Eu adorei essa nova opção em SP, o espaço é mesmo muito rico e ainda dispõe de um restaurante que deixa a gente com água na boca. Quero muito conhecer.
Recomendo visitar o Junji Sakamoto, o melhor da gastronomia japonesa em um lugar mais que especial.
Já tinha lido um post sobre esse centro cultural. É lindo por dentro e por fora, ainda por cima tem entrada gratuita. Excelente dica
O Japan House é muito lindo mesmo Ruthia e ainda proporciona diversas ótimas experiências.